quarta-feira, 27 de junho de 2012

Suicida



Tem horas que é difícil não trazer átona
Certas verdades que te incomodam
E até certo ponto, te colocam
Sob a perspectiva da pressão
Psicológica da situação
A qual você, desavisado, sem nem mesmo
Saber do que sente
Vê-se obrigado a decidir,
Quase que instantaneamente,
Entre respirar ou não...
E por mais obvia que seja a resposta,
Em verdade todos sabem
Quão tentador não é, em certos pontos dessa estrada,
Se deixar levar pela escolha errada...


Thiago Grijó Silva

terça-feira, 19 de junho de 2012

Trovador


Sou um trovador solitário
Cantando junto ao meu cavalo
Versos brutos de amor.

Sou um poeta solitário
Das noites sombrias
Travando duelos em trovas
Com os amores da minha vida.

Sou um trovador poeta
Versando canções
De coisas que eu não vivo
Permanecendo no escuro profundo
E cruel no qual existo.

Trovador solitário
Á noite ou de dia
A canção que me guia
Pelo eterno descarrilhar da vida.


Thiago Grijó Silva

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O Vazio


A fúria desperta
Minha alma deserta
Um coração sem guia
 
A dor me acompanha
Um coração sem dono
Sofre sem alegria
 
A fúria começa
Quando a alma desperta
Pra vida
 
A fúria termina
Quando a alma adormece
Sem vida


Thiago Grijó Silva

terça-feira, 12 de junho de 2012

Boas Vindas!


 
Boa noite, amantes do dia.
Convido-lhes a morrer
Suavemente por esta melodia
Adentrar aos portões no eclipse da vida.

Boa noite, amantes do dia.
Convido-lhes a sucumbir
Suavemente a treva que se forma
Adentrar pelos portões do inferno, agora.

Encontrar na morte, o eterno.
Bem vindos! Desbravadores do inferno.
Convido-lhes a ficarem perdidos.

Ao fincar na eternidade
O horror de suas vidas.
Dou-lhes boas vindas!


Thiago Grijó Silva

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sufocar


O sufocar das palavras e dos gestos
O medo imposto pelo que existe
aos meus sonhos tão raros.

O verdadeiro ódio cultivado
Nas plantações de mentiras,
colheitas de inanição.

São acordes quebrados
de uma mesma melodia 
Fazem definhar a minha razão.

Sufocam-me os ares que me rondam
de males que me apagam, insultos
que me adormecem na escuridão. 


Thiago Grijó Silva