Envolto nas sombras
Sua vida o transformou
Num solitário viajante
Sem carinho nem amor.
Os dias morriam.
A vida passava.
E o futuro,
Era apenas nada.
A poeira das lembras
Todavia era arrastada
Conturbada pelos ventos
Da insegura estrada.
A luz já não se via
Esperanças para lutar
Beirando a insanidade
Com medo de acordar.
E a loucura era um convite
A dançar entre os castelos
Perpetuar “alegria”
Entre os sonhos mais belos.
Ante a linha que divide
O real do impossível
Escolheu a sanidade
Por tempo indefinido.
Mas a luz ainda não vinha,
Os dias morriam e a vida passava,
Envolto nas sombras
Com certeza de nada.
As perguntas se repetiam
Na escuridão ressoavam
Esperando as respostas
Que nunca chegavam.
E a loucura era um convite
A rir e chorar
Perpetuar “sanidade”
A quem não consegue descansar.
Talhou na alma
Uma singela canção,
4 estrofes
Batizando, Escuridão.
Ao longo do caminho
A luz vinha e se ofuscava
Os dias morriam e a vida passava
A resposta, nunca chegava.
Talhou no corpo
Mais quatro canções
E nomeou-as com os
Nomes das estações.
A beira da loucura
A sanidade lhe salvava
Mas a frente do sepulcro
Já não se podia fazer mais nada.
E a loucura era um convite
A dançar e morrer
Perpetuar uma “chance”
De viver.
E talhou no sepulcro
Uma estrofe a mais
E despediu-se do mundo
Procurando por paz.
Thiago Grijó Silva
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