terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Eu Sonho...



Com flores mortas na velha estufa
Trovões que cantam o som do medo
A chuva que pousa, delicadamente,
Entre os rombos da minha casa.

Com o frio moribundo que murmura
Entre as paredes umedecidas
Da minha ilusão, um lapso de sanidade
No qual habita um resquício de esperança.

Com as trevas da noite para que me ceguem
Da luz que me ostenta as lembranças
Pelas janelas sobre as quais observo
Uma vida que deixei para trás.

Com o fim da noite em minha casa
Tingindo, de vermelho, as ilusões
Até quebrá-las, e então desfrutar
Do beneficio de não sentir nada.

Com flores nascendo na velha estufa
Sorrisos e o canto dos pássaros
Uma projeção da realidade
Inverossímil e impraticável.


Thiago Grijó Silva

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